A SAUDADE, EM CADA CANTO, CHORAVA
ENTRE MADEIRAS E PORTAS CORROÍDAS
EM CARNAÚBAS, TELHAS; ESVAEM-SE VIDAS,
E ALEGRIAS, DA PESSOA QUE TE AMAVA.
DA SALA AO QUINTAL ONDE HABITAVA
SONHOS; AMORES; ALGOZES D’ALMAS IDAS
TÊM DENTRO HOJE, AS MESMAS COMOVIDAS
LEMBRANÇAS DA MESA ABANDONADA.
FOTOS EM SOLUÇOS, GOTEIRA PINGAVA.
VELHOS; MENINOS; A CHUVA QUE CORRIA
CONVERSAS NA COZINHA AO ALVORECER.
ESPERANÇA, A CASA; RIACHO QUE PASSAVA
BARCO DE PAPEL LEVOU, EU NÃO SABIA,
TUA FALTA FAZ MINHA VIDA ENTARDECER.
Paulo Alfredo Simonetti Gomes
Fortaleza, 24/maio/1997
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